Você já reparou que tem rolado uma mania de relançarem livros que deram origem a filmes com a capa igualzinha ao cartaz do filme? Qual a idéia nisso tudo? Levar o cara que não lê a querer comprar "o livro daquele filme"? Na verdade a idéia deveria ser oposta, quando é o livro que saiu primeiro. E foi por causa dele, e do sucesso dele, que o filme existe. Se os livros de O Senhor dos Anéis não tivessem sido um fenômeno na literatura, muito provavelmente Peter Jackson e outros nerds do cinema nunca teriam se importado em traduzi-lo pra telona.Acho realmente bacana que o lançamento de um filme leve a um aumento na leitura. Conheço gente lendo O Código a toque de caixa antes que o filme estréie. E já cansei de ver amigos lendo Harry Potter só depois de conhecer a versão em carne, osso e varinha (Aliás, os livros de Harry Potter até agora estão entre os poucos que não caíram nessa modinha).
Não entendo por que cargas d'água as editoras, que deveriam aproveitar o sucesso do filme pra mostrar como uma história legal pode existir antes de um roteiro, caem nesse papelão. Será que é pra ficar mais fácil de o consumidor reconhecer o livro? (Vários gerentes de marketing com certeza acreditam nisso). Sinceramente, vamos combinar que, se alguém entra numa livraria disposto a ler 300 páginas só de letrinhas pra saber uma história, essa pessoa deve ter neurônios suficientes pra entender que o livro chamado O Paciente Inglês deve ter algo a ver com o filme O Paciente Inglês. No máximo, basta uma passada de olho rápida na orelha do livro pra conferir se é mesmo o dito cujo. É a eterna mania de subestimar ao máximo a inteligência do consumidor.
Por isso não se espante se daqui a algumas semanas a capa de O Código da Vinci deixar de ter os olhos misteriosos da Monalisa pra ter os cabelos alisados com chapinha de Tom Hanks.
2 comentários:
Só vou começar a ler qdo o tom hanks for pra capa. é q sou pop.
=))
beijos!
Algumas pessoas compram só porque gostaram do filme e nem lêem...mas pra editora, o que importa é que compraram.
Também detesto capas de filme nos livros, mas para o bem ou para mal, essa estratégia vende.
E Harry Potter é uma rara excessão, onde o livro e não o filme fica sendo a "mídia principal", ao contrário da maioria dos casos.
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