11 julho 2011

[GAMES] Uncharted 3: Isso que é estratégia de lançamento

Não é à toa que a indústria dos games está anos-luz à frente de qualquer outra. Saca só o que a Naughty Dog, desenvolvedora da série Uncharted, fez pra divulgar o Uncharted 3, o próximo must-have-game do Playstation 3.

Pra quem ainda não está familiarizado com essa franquia, o primeiro Uncharted - Drake's Fortune teve um desenvolvimento e lançamento feito meio às pressas e não agradou tanto.

Mas a sequência, Uncharted 2 - Among Thieves, arrebentou em todos os aspectos, dos gráficos ao roteiro e jogabilidade, principalmente no modo Multiplayer. Foi considerado o jogo do ano em vários rankings.

Daí não foi nenhuma surpresa o todo frisson gerado no mundo dos games quando anunciaram oficialmente Uncharted 3 - Drake's Deception, com infinitos vídeos estrategicamente postados no YouTube nos últimos meses.

E o tiro de misericórdia veio agora na Playstation Store: Meses antes de o jogo ser lançado, o modo Multiplayer de Uncharted 3 foi colocado na íntegra pra ser baixado DE GRAÇA por quem quer que tenha uma conta Playstation Plus. Ou seja, todo mundo, já que a Sony deu uns meses de graça pra compensar os meses fora do ar, depois do ataque hacker em abril. Um código pro download gratuito também veio encartado no jogo InFamous2, recém lançado do mesmo estúdio (outra sequência melhor que o original).

Depois de baixar e instalar o game, você encontra uma infinidade de possibilidades além de só jogar.

Primeiro você é convidado a customizar seu personagem, seu clã e até o símbolo do seu time, numa ferramenta de customização de deixar muitas no chinelo.

Em seguida você recebe algumas missões específicas pra cumprir até o dia 14 de julho que destravam armas, roupas e personagens exclusivos. Tudo isso integrado à sua conta de Facebook, pra ajudá-lo a chamar amigos pra uma partida e anunciar aos quatro ventos todas as suas conquistas e vitórias no momento em que elas acontecerem.

Praticamente um jogo completo e que TODOS os seus amigos com PS3 podem ter e jogar. De graça, lembra?

Só que a partir do dia 14/07 o multiplayer beta de Uncharted 3 vai parar de funcionar. E aí você vai ter que esperar o lançamento oficial pra continuar sua aventura com seu personagem criado, suas missões cumpridas, suas armas e skins exclusivos que ninguém que não tenha jogado esse multiplayer será capaz de ter um dia.



Não é simplesmente um demo que você baixou pra ver se gostava, mas uma experiência completa e exclusiva. O jogo que já era obrigatório virou necessidade. Aprende aí, indústria da música.

06 julho 2011

[DOC] Indie Game: The Movie

Quatro desenvolvedores, três jogos e um desafio: se expressar através de videogames.

Esse é o ponto de partida de Indie Game: The Movie, que, se fosse só um filme sobre videogames, seus criadores e suas crias, já seria interessante, mas ele pretende ir além: É um filme que trata da dramática autoexposição dos criadores durante o processo criativo.



Acompanhe a dupla Edmund McMillen e Tommy Refenes no desenvolvimento e lançamento de seu primeiro grande game pra XBOX: Super Meat Boy. Siga Phil Fish, o criador do esperado Fez, e desvende a vida do designer independente Jonathan Blow, que inventou um dos games mais elogiados de todos os tempos: Braid.

No site do filme, você ainda pode pré-comprar o DVD ou o Download pra ajudar a finalizar o filme. Pelo trailer, já vale.

01 junho 2011

[BLAH] Previously on Com Pipoca

Desde 11 de agosto do ano passado que eu não posto nada aqui. Caraca...

Nesse tempo deu pra descobrir que esse filme aí do post debaixo não é nada lá essas coisas.

Vários outros filmes saíram do papel, uma porrada de séries têm sido gentilmente cedidas pelo Mr. Torrent toda semana lá em casa, trocentos jogos zerados no PS3, e aqueles filmes que nem tinham estreado no cinema já devem ter chegado na Sessão da Tarde.

Até o template desse blog foi perdido, já que a minha conta furreca no cjb.net (onde estavam hospedadas todas as imagens sem direito a backup) expirou com tanto tempo sem acesso.

É... tava que nem o Zod, exilado na Zona Fantasma. Mas eis que volto das cinzas cheio de amor pra dar \o/ (momento do abraço coletivo)

Ou pelo menos cheio de filme, série, HQ e jogo pra comentar. Afinal, só faltava uma injeçãozinha de ânimo. E essa resolveu aparecer só agora.

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A imagem que ilustra esse post é da coleção de tirinhas "Previously"do PJ Holden.

Originalmente essas tirinhas foram desenhadas pra revistas pequenas como a Violent e a Bulldog Adventures entre 1999 e 2007. Agora elas estão disponíveis pra download no site do PJ. Se o seu negócio é ultra violência inteligente, sem se levar a sério, com bastante senso de humor, vale o download.

11 agosto 2010

[CINE] Facebook.

Eu tava com 20.000 pés atrás quando li que fariam um filme sobre o Facebook. Mas impossível não ficar interessado vendo o trailer.

07 maio 2010

[TV] Activia no House

Nunca achei graça em House. Aquele padrãozinho de tentarem desvendar a doença, errarem um diagnóstico a cada bloco e no final, no meio de uma conversa franca com Wilson, o amigo diz uma frase nada a ver com o caso.

House percebe algo que ninguém tinha percebido e resolve o problema. Preguiiiiiiça...

Mas ontem vi um episódio inteiro de House. Me interessei logo no início quando vi que a paciente a Laura Prepon, nossa saudosa Donna do That's 70s Show.

Acharam que ela tinha sido envenenada, depois que ela tinha uma sindrome raríssima.

Aí descobriram que era câncer, mas ela teve outro piripaque que mostrou que não era câncer mas falência de vários órgãos.

E no fim, como sempre, House descobre a verdade: Ela tava com intestino preso. Tudo acima era falta de fazer cocô.

Ou seja... Não né?

23 setembro 2009

[BLAH] Coisas assim me animam.

Tão pouco tempo pra falar da porrada de filmes e séries que tenho visto que não tá nada fácil.

Ainda bem que de vez em quando aparecem coisas assim pra tirar a poeira do blog: uma animação colaborativa produzida pelo Blu e David Ellis do Studio Cromie. Isso rolou no Fame Festival 2009. O video fala por si só:

10 setembro 2009

[NEWS] A segunda volta é mais emocionante

Não tava conseguindo imaginar o que deu na Pixar em querer fazer uma continuação de Cars, provavelmente o filme mais fraco que eles já fizeram. Isso até ler o plot que vazou essa manhã.

Dessa vez a história gira em torno de um campeonato mundial bem ao estilo da comédia clássica de 65 The Great Race.

Junte a isso uma paródia de 007 com um Astor Martin chamado Finn McMissile que entra numa sub-trama com a caminhonete Mater baseada em Intriga Internacional do Hitchcock.

Só por essa mistureba de referências bacanas Cars 2 já promete ser infinitamente melhor que o original.

Coisa que a Pixar sabe fazer bem. Vide Toy Story 2 que conseguiu ser bem superior ao já bom Toy Story. Mais um pra lista de "aguardando ansiosamente".

04 setembro 2009

[BLAH] Esse sabe usar o que tem em volta.

Virei fã desse moleque. Saca só que o garoto está Apple Store de NY usando um Mac com webcam conectado na internet e iTunes. Só. E com isso tá virando hit no You Tube. Marrentão. Style. Foda.



E tem mais esse:

13 agosto 2009

[CINE] O novo apartheid é legal.

District 9, filme dirigido por Neill Blomkamp, apadrinhado do Peter Jackson, já virou case antes da estréia. Pra entender o porquê, conheça primeiro o plot, que é baseado no curta Alive in Joburg (que foi dirigido pelo próprio Blomkamp):

Há vinte e oito anos aliens chegaram em Joanesburgo, na África. Eles não vieram com intenção de nos dominar mas também não trouxeram avanços tecnológicos. Assim, ficaram isolados no tal Distrito 9 enquanto as nações do mundo discutiam sobre o que fazer com eles. Mais uma raça pra dividir empregos e gerar mais gastos do Estado. O clima entre as raças fica tenso e aí começa a história pra valer. Qualquer semelhança com a vida real que rola no Distrito 6 em Cape Town não é mera coincidência.

Bom, voltando ao porquê de o filme já ser um case... campanhas superbem amarradas entre vários meios diferentes e que entregam conteúdo e interatividade, mais do que simples propaganda, já viraram regra seja pra vender cinema, refrigerante ou batata frita. O legal é quando elas são feitas com relevância de verdade com a história ou produto. E esse é o caso de District 9.

São cartazes espalhados pelas cidades dos EUA com proibição de entrada de "não-humanos", protestos contra filmes que empregam essa outra raça, banheiros públicos, taxis e ônibus apenas para humanos... um verdadeiro retorno à era do apartheid.



O site do filme é controlado pela fictícia MNU (Multinational United) com áreas pra humanos e não-humanos. Existe também um telefone real (1-866-666-6001) que cai no atendimento da MNU com várias opções, inclusive de busca por subempregos se você é um não-humano.

Tem até um blog de um não-humano que luta por direitos iguais, mostrando como a MNU espalha mentiras pra criar todo esse preconceito, todo escrito em lingua alien (com tradução, claro).

E o filme, que acaba sendo apenas mais uma entrega nessa experiência toda que mistura vida real e ficção, parece que vale todo o barulho. Pelo menos pelo trailer. O bacana é que a interação com a história já começou e pelo jeito nao vai acabar só com o filme.

11 agosto 2009

[CINE] Tipo calda de chocolate

Se G.I. Joe fosse uma comida seria aquele pedação de bolo de chocolate com leite condensado, calda, sorvete de creme e pizza fria que você ataca na geladeira de madrugada. É péssimo mas é delicioso.

Fui pro cinema pronto pra odiar, achar todos os defeitos possíveis e depois escrever um post cheio de sarcasmo detonando o filme. Me dei mal.

O roteiro é absurdo e cheio de furos, a Baronesa e o Storm Shadow parecem os vilões do Pokemón e o pano de fundo psicológico dos personagens tem a profundidade de uma novela mexicana. E tudo isso é colocado de uma maneira tão genuinamente despretensiosa e feita com o único propósito de divertir que realmente diverte. Muito.

G.I. Joe é provavelmente o filme mais fanfarrão que vi nos últimos meses. E também um dos que mais me divertiu.

A sensação que tive no cinema me lembrou muito aquela de chegar da escola e ver o desenho no Xou da Xuxa.

Não é pra levar a sério. É pra passar o tempo, não pensar em nada e ter um tempinho de puro prazer auto indulgente sem culpa. Como aquele bolo de chocolate na madrugada.

04 agosto 2009

[CINE] Quase um filmão.

Inimigos Públicos é um filme bonito de se ver. Tem climão e ao mesmo tempo em que remete aos clássicos filmes de gângster, inova na câmera digital ágil e quase documental de Michael Mann (diretor também de Colateral, Ali e Miami Vice).

O elenco com Johnny Depp e Marion Piaf Cotillard, por si só, já valeria o ingresso.

Mas mesmo com seqüências de tiroteio e perseguição de tirar o fôlego e atuações impecáveis (até mesmo do mala Christian Batman Bale), Inimigos Públicos consegue ser chaaaaaato. Suas duas horas e meia parecem ser quatro.

OK que o olhar do diretor de fotografia Dante Spinotti e sua captação em alta definição digital criam telas lindas de se ver. A trilha também ajuda muito.

Mas tudo é carregado demaaais na emoção.

Tudo é tão denso, sublinhado e cheio de exclamações que cansa. Com meia hora a menos seria um filmão.

27 abril 2009

[CINE] Terror das antigas.

Numa pacata vila inglesa, misteriosamente todos os moradores caem desmaiados ao mesmo tempo. O resto do mundo perde total contato com eles. O exército entra em campo. Qualquer ser vivo que atravesse as fronteiras do lugar cai subitamente. Não é um virus nem uma arma biológica.

Alguns dias depois, todos acordam sem entender o ocorrido e tocam suas vidas normalmente. Nove meses depois todas as mulheres da vila dão à luz criaturas estranhas. Esse é o plot de Village of the Damned, clássico do cinema de horror que assustou platéias do mundo inteiro em 1960.

E o filme mantém sua vitalidade até hoje. O clima sombrio, os enquadramentos impecáveis e atuações arrepiantes.fazem você se esquecer que tudo isso foi produzido há quase cinquenta anos.Impossível não fazer um paralelo da sequência inicial, onde vemos toda a população caindo desmaiada, com The Happening, do adorado/odiado Shyamalan.


E não pára por aí. O que não faltou foi filme usando seqüências de Village of the Damned (Vila dos Condenados, como saiu aqui) como referência. Em 1995 John Carpenter pilotou a refilmagem, mas sem o brilho da versão original. Um filme que vale a pena assistir, mesmo que você não seja um fã de filmes de horror.

(Esse post é uma colaboração do meu amigo Leandro Corinto, fã e grande conhecedor de filmes de horror)