24 março 2006

[BLAH] Num cinema perto de você. Podia ser longe.

Precisa existir um órgão (ou alguém com bom senso) pra controlar a edição dos trailers nacionais. É incrível como o Brasil evoluiu na arte de fazer filmes e não deu um passo na de vender o peixe. E quando digo vender mal, não é só fazer o filme parecer ruim. Mas também fazer ele parecer melhor do que é. Um crime!

A edição é uma arte. E simplesmente ignoram isso por aqui. Fazem trailer hoje como se fazia propaganda de dentifrício nos anos 60. Muitas vezes, pior.

Já reparou? Alguém sorri na tela e o locutor fala todo serelepe: “Um filme cheio de alegria”. Aí corta pra cena de alguém chorando e o locutor fala com voz de velório: “tristeeeza”, de repente corta pra um pôr-do-sol e lá vem o vozeirão de Cid Moreira recitando salmos: “você vai se emocionar...”. Não dá né?

Mulheres do Brasil, por exemplo. Juro que fico constrangido toda vez que aquele reclame passa no cinema. É um dos poucos casos em que o Brasil deveria aprender com os EUA. Ou melhor, deveria aprender com a Tailândia!

Já viu o teaser de Espíritos (Shutter)? ESTRÉIA HOJE. Ele dá um banho até nos milimetricamente calculados trailers americanos. E detalhe: Essa obra de arte tailandesa não mostra nada e não tem locução NENHUMA. Tudo na base de uma simples edição. Se o filme tiver metade do clima anunciado, já ganhou como meu terror preferido.

3 comentários:

Anônimo disse...

por isso eles se chamam reclames; porque as pessoas reclamam... :)))

Anônimo disse...

se o trailer é ruim, imagina o filme.

Anônimo disse...

Samu, você citou o melhor exemplo de bom trailer, o do "Espíritos"... é simplesmente perfeito! Mas preciso discordar quanto ao exemplo de pior trailer... você já viu o do "Gatão de meia idade"? :-)