22 novembro 2006

[CINE] Uma bela fonte de discussão

Sabe estes filmes oito ou oitenta? Quando você ama de paixão ou sai amaldiçoando até a últma geração do infeliz que teve a pachorra de filmar aquilo? É mais ou menos isso que A Fonte da Vida (The Fountain), o novo filme do diretor Darren Aronofsky (Pi e Réquiem para um Sonho) pode provocar nas pessoas.

Mas que fique bem claro: Essa relação de amor e ódio são mais culpa de como o filme está sendo vendido que do filme em si. Eu explico. A história de A Fonte da Vida, escrita por Ari Handel e pelo próprio Aronofsky, é bem mais conceitual do que um espera um público que vai ao cinema ver Hugh Wolverine Jackman. Pelo trailer é muito fácil imaginar uma grande aventura de amor com um quê de fantasia e imagenas deslumbrantes. Sim, o filme tem tudo isso, mas são só maneiras de falar de um tema bem mais profundo. Se você espera uma história simples, com moral fácil de ser pescada e um final feijão com arroz, pode se decepcionar feio.

A Fonte da Vida (que estréia nesta sexta-feira nos cinemas) conta três histórias paralelas. Uma passada no presente, em que o cientista Tommy Creo (Hugh Jackman, em sua melhor atuação), busca desesperadamente pela cura do câncer para salvar sua esposa Izzi (Rachel Weisz). Ele tem esperanças porque uma amostra tirada de uma árvore da América do Sul parece ter um poder de cura impressionante. Porém a planta parece ter um ótimo poder de longevidade, mas não de cura da doença. Enquanto Tommy prefere a solidão de suas pesquisas a ficar com sua esposa doente, Izzi escreve um livro sobre um conquistador (de novo Jackman) que parte em busca da Árvore da Vida a pedido de sua rainha Isabel (também Weisz). A terceira história é passada no futuro, quando o o cientista Tommy (adivinhe, Jackman) viaja pelo espaço em busca da última chance de trazer Izzi de volta.

Pode parecer complexo (ou até bobo), mas o fato é que A Fonte da Vida traz à tona questões difíceis de se encontrar no cinema. É daqueles filmes que você precisa digerir e tirar suas próprias conclusões algum tempo depois que os créditos finais sobem. As peças do quebra-cabeças vão se encaixando aos poucos.

Há quem ache o filme pretensioso, chato e com alguns diálogos beirando o clichê. Mas pelo que ele se propõe: provocar uma reflexão séria sobre a vida, a morte e a existência, A Fonte da Vida cumpre bonito o seu papel.

5 comentários:

Davi G. Araújo disse...

Essa fita aind não chegou por aqui em Natal! Ouvi falar que o visual do filme é arrebatador! Estou curioso! Bom post!!!

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

"Imagens deslumbrantes" vc foi bondoso. Os efeitos "especiais" desse filme só não são mais bregas doq um filme da Xuxa.

Filme rídiculo, perda de tempo.

Anônimo disse...

Sua crítica me lembrou um pouco de Tideland, do Terry Gilliam. Quando vi o trailer pensei se tratar de um filme lírico, sobre a infância e o sonho. Baixei o filme e foi um soco no estômago. Não que seja ruim, na verdade é um grande filme, mas a estratégia de venda me fez crer estar comprando algo totalmente diferente do real.

contonocanto disse...

Na verdade a tal árvore ficaria na Guatemala, logo América Central.

:-)

abraços