05 junho 2006

[DVD] O iluminado

Uma Vida Iluminada é estranho, beira o esquizofrênico e é extremamente cativante. É também o primeiro trabalho do ator Liev Schreiber (de Sob o domínio do mal) na direção de um filme.

Adaptado do livro Tudo se Ilumina (Everything is Illuminated) de Jonathan Safran Foer, o filme conta a história do próprio escritor Jonathan (Elijah Wood), um judeu norte-americano que coleciona coisas. O "coisas" aqui não é preguiça de enumerar. É que são coisas mesmo, qualquer uma que lembre um momento, uma pessoa, um sentimento. Tudo bem guardado e organizado em saquinhos de plástico Zip-Lock.

E é por causa do conteúdo de um destes saquinhos que ele resolve partir pra Ucrânia pra explorar seu passado e encontrar uma mulher que supostamente salvou seu avô dos nazistas. Pra isso ele contrata uma empresa especializada em "viagens de busca de herança cultural", que nada mais é que um carro soviético caindo aos pedaços.

Dirigindo o carro tem Leskin, um velho ranzinza que acredita ser cego. Ele é pai de Alex Jr. (Eugene Hutz, vocalista da banda punk Gogol Bordello e que assina boa parte da trilha do filme), o outro guia e único que fala (mal) inglês e traduz tudo (mal) para Jonathan. O quarto passageiro é uma cadela batizada de Sammy Davis Jr. Jr. Precisa mais?

O diretor de fotografia Matthew Libatique acertou em cheio nas cores vibrantes que dão o tom de fábula ao filme. Cada frame parece uma pintura e poderia muito bem estar exposta na parede da sua casa.

Esse road-movie seria perfeito não fossem alguns buracos no meio da caminho. Os personagens são tão densos e profundos que pedem por um desenvolvimento mais detalhado. Algumas boas histórias acabam se perdendo no roteiro e não voltam mais pra serem concluídas. Inexperiencia do diretor? É provável. Mas não dá pra negar que mesmo com tudo isso, Uma Vida Iluminada está bem acima da média e consegue fazer com que você literalmente viaje.

4 comentários:

Anônimo disse...

o frodo! :))))

Bailandesa disse...

Vi, gostei e recomendo. Apesar de faltar um pouco de equilíbrio entre a comédia e o drama, é um filme que te conquista aos pouquinhos e no final, vc já está totalmente encantado.

Bjão
Cla

Anônimo disse...

O filme é muito bom, não achei que ficou faltando nada. E o Leskin não é o pai, é o avô que sobreviveu ao fuzilamento.

Unknown disse...

ameiiiiiii
!!!
fotografia e trilha perfeita!!