A impressão que se tem é que a Austrália está lotada de turistas indesejados e por isso resolveu lançar uma forte campanha de não-venha-pra-cá-ou-você-vai-morrer-tragicamente. Pelo menos é essa mensagem que fica após assistir a “Wolf Creek – Viagem ao Inferno”, trabalho de estréia do diretor e roteirista australiano Greg McLean.
O filme, supostamente baseado em fatos reais, começa bem intencionado. As atuações são convincentes e o clima criado vende bem o seu peixe de que algo bacana e assustador vem por aí. Só que esse algo demooora acontecer. Na verdade, demora tanto que, quando acontece, você se pergunta: “Será que era isso que deveria mesmo ter acontecido?”. Isso por que em nenhum momento a película se decide se quer ser um filme de terror malfeito, um thriller de gato e rato ou um mistério sobrenatural.
O que sobra de bom é o vilão Mick Taylor (John Jarratt), que já tem lugar garantido no hall de psicopatas clássicos do cinema. Ele é uma deliciosa mistura do típico australiano-caipira-e-pau-pra-toda-obra com uma espécie de bicho-papão inacreditavelmente sádico e diabólico. Detalhe pra risadinha escrachada de Mick enquanto esquarteja o resto do elenco. Ela deixa no chinelo até a respiração ofegante do Darth Vader. E segundo os tais “fatos reais”, ele continua por lá esperando o próximo turista desavisado. É bom tomar cuidado.
Um comentário:
mmm acho que não vale à pena gastar o raríssimo castanho dos meus olhinhos...
bjão
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