
O filme se passa sete anos no futuro, quando o policial Fred (Keanu Reeves) recebe a missão de investigar Bob e seu grupo de amigos viciados na nova droga do momento: a Substância D. Só tem um detalhe: Bob e Fred são a mesma pessoa. A polícia não tem idéia de que seu policial é o tal suspeito pois todos são obrigados a usar um uniforme-camaleão que esconde qualquer traço da fisionomia real de quem o veste. O problema é que Bob/Fred é também viciado na tal droga e um de seus efeitos colaterais é dividir os dois polos do cérebro. Isso faz com que sua personalidade (e a de seus amigos) também comece a se partir em duas. Com o tempo o nível de paranóia de todos chega ao extremo, rendendo os melhores diálogos doidões que você pode ver no cinema. E o melhor: com conteúdo.
Aliás, diálogo é o forte de Linklater. Unindo isso à técnica da rotoscopia, ele pôde levar O homem duplo ao limite. Apesar de muitos dos diálogos serem inspirados nas experiências reais dos amigos do diretor com entorpecentes, o filme não cai no discurso piegas de "não-use-drogas-porque-isso-mata". O homem duplo pode ser visualmente lisérgico mas é duplamente pé no chão. Mais que qualquer campanha antidrogas.
3 comentários:
Cara! Seu Lay out é muito massa! Apesar de eu ficar meio grog com essas linhas vermelhas (hehehe).
Também gostei muito de O Homem Duplo. Tanto que comprei o livro do Philip Dick logo depois de sair do cinema. Parabéns pelo blog!
Falando em diálogos doidões, me veio à cabeça a cena da bicicleta de 18 marchas. Demais aquilo.
K. Dick?
Muito bom!!!
É um dos meus autores de ficção científica preferidos. E deu origem a um dos melhores filmes de sempre (Blade Runner, claro!).
António Vitorino
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