Sabe estes filmes oito ou oitenta? Quando você ama de paixão ou sai amaldiçoando até a últma geração do infeliz que teve a pachorra de filmar aquilo? É mais ou menos isso que
A Fonte da Vida (The Fountain), o novo filme do diretor
Darren Aronofsky (
Pi e
Réquiem para um Sonho) pode provocar nas pessoas.

Mas que fique bem claro: Essa relação de amor e ódio são mais culpa de como o filme está sendo vendido que do filme em si. Eu explico. A história de
A Fonte da Vida, escrita por
Ari Handel e pelo próprio
Aronofsky, é bem mais conceitual do que um espera um público que vai ao cinema ver
Hugh Wolverine Jackman. Pelo trailer é muito fácil imaginar uma grande aventura de amor com um quê de fantasia e imagenas deslumbrantes. Sim, o filme tem tudo isso, mas são só maneiras de falar de um tema bem mais profundo. Se você espera uma história simples, com moral fácil de ser pescada e um final feijão com arroz, pode se decepcionar feio.
A Fonte da Vida (que estréia nesta sexta-feira nos cinemas) conta três histórias paralelas. Uma passada no presente, em que o cientista
Tommy Creo (
Hugh Jackman, em sua melhor atuação), busca desesperadamente pela cura do câncer para salvar sua esposa
Izzi (
Rachel Weisz). Ele tem esperanças porque uma amostra tirada de uma árvore da América do Sul parece ter um poder de cura impressionante. Porém a planta parece ter um ótimo poder de longevidade, mas não de cura da doença. Enquanto
Tommy prefere a solidão de suas pesquisas a ficar com sua esposa doente,
Izzi escreve um livro sobre um conquistador (de novo Jackman) que parte em busca da Árvore da Vida a pedido de sua rainha
Isabel (também Weisz). A terceira história é passada no futuro, quando o o cientista
Tommy (adivinhe, Jackman) viaja pelo espaço em busca da última chance de trazer
Izzi de volta.
Pode parecer complexo (ou até bobo), mas o fato é que
A Fonte da Vida traz à tona questões difíceis de se encontrar no cinema. É daqueles filmes que você precisa digerir e tirar suas próprias conclusões algum tempo depois que os créditos finais sobem. As peças do quebra-cabeças vão se encaixando aos poucos.
Há quem ache o filme pretensioso, chato e com alguns diálogos beirando o clichê. Mas pelo que ele se propõe: provocar uma reflexão séria sobre a vida, a morte e a existência,
A Fonte da Vida cumpre bonito o seu papel.