Não é
C.S.I. mas tem um corpo e um local do crime sendo analisados por peritos; não é
Em algum lugar do passado, mas tem um homem apaixonado por uma mulher que já se foi; não é
De volta para o futuro, mas tem um cara que volta no tempo pra mudar o rumo das coisas; não é
Titanic mas tem uma grande tragédia no mar; não é
Minority Report mas tem uma equipe de policiais que trabalha, não vendo o futuro, mas o passado. Enfim,
Déjà Vu é isso mesmo: nada.

Não vou bancar o ingênuo dizendo que um filme deve ser mais arte e que não pode ter um lado comercial. Mas nessa onda de produtizar tudo o que se faz, algumas coisas passam do limite. A presença de tantas situações diferentes pra tentar pescar o maior número de espectadores possível gera uns trambolhos milionários como este produzido pelo pipoqueiro-mor
Jerry Bruckheimer (
Con air e
Armageddon). Tudo o que você já viu está ali. E pra tentar dar um mínimo de coerência a essa balela toda, o roteirista
Terry Rossio (
Godzilla e
A máscara do Zorro) abusa de diálogos cafonas, desfechos previsíveis e situações tão constrangedoras quanto qualquer cena de
Páginas da vida.
Pra não ser o ranzinza que odeia blockbusters, o filme tem duas virtudes (duas tá bom, né?): o filme foi rodado em
Nova Orleans logo depois do furacão
Katrina, criando vários empregos temporários e movimentando a economia da cidade. E a perseguição de carros, em que o policial
Doug Carlin (
Denzel Washington de novo interpretando
Denzel Washington) persegue um carro que está quatro dias no passado.
Por falar em passado, é lá mesmo que
Déjà Vu pode ficar.
5 comentários:
Rapaz... Não vi o filme e não gostei. Porque, lendo sua crítica, fico com a certeza absoluta de que não vale a pena perder tempo com esse trambolho. E não é incrível a ironia do título desse longa?
Um abraço,
Alexandre
Oi samuca,
tava cheia de expectativas pra esse filme...é bom que agora não terei uma grande decepção!
Adorei o blog!
beijos
Luciana
Acabei de decidir que não vou ver este filme. Uma das criticas mais diretas que já vi nos últimos tempos. Parabéns.
É o Jerry Bruckheimer de "A Ilha", "ConAir" e "Independence Day"... Alguém esperava algo realmente diferente?
Pelo menos a teoria de tentar modificar o passado e tals, viagem no tempo, existe.
Mas a explicaçao da teoria fica muito superficial, acredito que propositalmente.
Postar um comentário