05 janeiro 2007

[CINE] Perrier com açúcar orgânico

Virei fãzaço da roteirista e diretora Nancy Meyers com o excelente água com açúcar Alguém tem que ceder. Depois do bobinho Do que as mulheres gostam, parece que ela acordou pra vida e aprendeu a fazer um filme redondo, leve, bem contado e com situações capazes de fazer você, num segundo dar uma gargalhada e, no seguinte, derramar aquela lágrima disfarçada no canto do olho.

Por isso não pensei meia vez em correr pro cinema quando vi que O amor não tira férias (The Holiday), já estava em cartaz. Mas será que ela conseguiria se superar depois da excepcional dobradinha Jack Nicholson / Diane Keaton? Bem, digamos que depois de Nancy, o filme água com açúcar finalmente ganhou uma grife chique e inteligente no cinema.

Mas não pense que, por isso, o gênero romance tenha se tornado "mais mulherzinha". Pelo contrário. O quarteto Jude Law / Kate Winslet / Jack Black / Cameron Diaz funciona como um batedor de carne daqueles que as nossas mães usavam pra amaciar um bife, só que capaz de amolecer o coração do cara mais pitboy da platéia.

Tudo começa quando a superbem sucedida diretora de trailers de cinema Amanda (Cameron Diaz) resolve dar um tempo do trabalho e de seus relacionamentos fracassados em Los Angeles. Numa busca na internet, ela descobre um site de troca de casas por uma temporada e escolhe o chalé-pobre-e-fofinho de Iris (Kate Winslet) num vilarejo na Inglaterra. Iris, por sua vez também está cansada de sofrer por um amor que, além de não correspondido, vai se casar com outra em breve. Pronto, as duas resolvem trocar, não só de casa, mas de vida por alguns dias.

Mas isso é só o ponto de partida pra uma história cheia de detalhes emocionantes e personagens tão cativantes que dá vontade de levar pra casa. Os pensamentos de Amanda em formato de narração de trailer são impagáveis. E duvido que você não fique boquiaberto quando descobrir a verdade sobre Graham (Jude Law). Bem, se seu clima é ficar bem zen com um sorrisinho no rosto, este é um ótimo remédio. E procure por Nancy Meyers na hora de ir com sua namorada ou namorado pra locadora. Essa mulher sabe fazer o filme perfeito pra aquele sábado de chuva em que tudo o que você quer é um balde de pipoca de um lado e um grande amor do outro.

2 comentários:

Davi G. Araújo disse...

Não achei ele tão bom e nem tão ruim!

Enquanto assistia, torcia para que a "dupla dinâmica" Diaz e Law dessem lugar para Black e Winslet( comentário de quem é cultzinho, né?).

Como em quase todo filme, Cameron Diaz tem que dançar ou cantar desajeitadamente (vide "Casamento do Meu Melhor Amigo e outro com Selma Blair), como se isso fosse deveras engraçado. Jude Law, fez o maior tipo garoto sensível, o que não me agradou. Achei meio descerebrado demais esses dois no filme. Aliás, em alguns momentos, os bonitões da fita foram dirigidos aos moldes de um pornô de orçamento.

Já a dupla Black/Winslet, embora não tenham sido lá grande coisa, não foram tão desagradáveis. Gostei da seqüência da locadora, em que o compositor fica cantarolando trilhas famosas de cinema.

Enfim, apesar de não ser terrível, esse certamente sai na urina!

Abração!

P.S #1: Foi meio grande, mas...

P.S #2:"Alguém tem que ceder" é deveras muito bom!

Anônimo disse...

Uma comédia romântica despretensiosa que cumpre o papel de um bom filme desse gênero: distrair, fazer rir e se comover (principalmente com a homenagem ao roteirista idoso que se supera no auge da sua idade).

Gostei muito, realmente tocou um coração mais duro do que o meu (que é de manteiga) e me deixou mais leve, esquecendo das preocupações do dia-a-dia.

Mas, apesar de serem 4, não deu para superar a dupla de "Alguém tem que Ceder"!
Adorei os dois
Bjs

LECA