21 outubro 2006

[CINE] O grande filme da pequena miss

Sabe quando dá aquela vontade de sair correndo e sentir o vento batendo na cara? Mas aí vem aquela preguiça e alguma coisa te puxa pra realidade parada e monótona de antes? Na próxima vez, corra pra ver Pequena Miss Sunshine.

Pequena Miss Sunshine mistura o típico filme-independente-americano-de-festival (família classe média meio doida em crise) com o também típico filme de estrada e ainda um toque de comédia na medida certa. É nessa mistureba toda que você segue a história da família Hoover: Um pai (Greg Kinnear) cujo trabalho é dar palestras de auto-ajuda, uma mãe (Toni Collette) que se divide entre trabalhar fora e cuidar da casa, um filho adolescente (Paul Dano) fascinado por Nietzche e que fez um voto de silêncio há meses pra virar piloto da aeronáutica, uma garotinha de 9 anos (Abigail Breslin) no auge da esquisitisse pré-adolescente que sonha em ser miss, um tio gay professor e suicida (Steve Carrell, The Office e O Virgem de 40 Anos) e um avô (Alan Arkin) que foi expulso do asilo por ser viciado em heroína.

Agora bote todo mundo dentro de uma Kombi amarela caindo aos pedaços. Bote na frente uma longa viagem do Novo México até a Califórnia. O objetivo? Realizar o sonho de uma garotinha de participar de um concurso de beleza infantil.

Pequena Miss Sunshine está longe de uma cópia menos escatológica de Férias Frustradas (apesar de ter uns momentos tão hilários quanto). O filme trata de uma maneira leve e quase poética temas sérios como frustração e aceitação. É impossível não se encantar com cada um dos personagens e com o rumo que a vida de cada um dele toma ao se verem obrigados a conviver em um espaço tão pequeno e vivendo emoções tão grandes.

Não é à toa que o filme está bombando e ganhando cada vez mais notoriedade desde sua estréia no Festival de Sundance, onde foi aplaudido de pé (e olha que aplusos de pé em Sundance já não significavam muita coisa há um bom tempo).

Você vai sair do cinema com aquela mesma sensação de leveza e vontade de pisar fundo no acelerador. Afinal, a vida é uma longa estrada que ainda precisa ser percorrida, mesmo que pra isso você só tenha um carro caindo aos pedaços.

7 comentários:

Anônimo disse...

é uma espécie de comédia da vida privada elevada à terceira potência.

Anônimo disse...

hummm... que máximo Sam! queiro ver! :)))

Anônimo disse...

Que show!!! Ja sei o que vou fazer no final de semana....

Anônimo disse...

tchucks, depois de meses (foi publicado aqui em 03.05.06...) assisti à "Lula e a Baleia", e achei do caralhooooo!!!! o que é aquele menininho? realmente, é um filme para grown up people... e, interessante, no mesmo dia assisti o brasileiro "Casa de Areia" e achei constrangedor. novamente senti vergonha de ser brasileiro... :( aliás, josé wilker que me perdoe, mas cinema brasileiro é uma merda! e caetano que me escute porque a música brasileira também é uma merda! e o lula que nos faça engolir: o povo brasileiro é uma merda, esse país fede, a arte morreu nessa terra de areia. beijos desabafados.

Anônimo disse...

O filme é realmente incrível! Eu chorava e ria ao mesmo tempo. Comédia e drama na medida certa.

Considero que Little Miss Sunshine foi o que o desastrosos brasileiro Muito Gelo e Dois Dedos D'água tentou fazer, porém foi totalmente incompetente. Não é comédia, não é drama, não é no-sense...enfim não é nada. Socorro! Fujam todos!

Parábens para Pequena Miss Sunshine por sua incrível perfeição.

Marcomonte disse...

Lamentável essa babação sobre essa bobagem de filme. Persongens chatérrimos, alguns desnecessários. Simplesmente uma comédia sem graça, road movie metido a non sense. Só vale pelo final ultra pastelão, mas de fato engraçadíssimo. Mas não sei se compensa prá aturar essa chatura.

Thiago Lasco disse...

Esse foi um dos filmes que eu mais curti em 2006. Só o final que eu acho que desandou um pouco. De qq forma, são tantas lições positivas, tantas coisas pra fazer a gente pensar enquanto ri da desgraça deles... sem falar que a Olive é uma lindinha, dá vontade de pegar a fofa no colo e proteger e encher de beijos !