22 novembro 2008

[CINE] Payne é de doer.

Certamente Max Payne é a pior coisa que vi nos últimos 15 anos. Baseado num game até bacana, o filme dirigido (se é que podemos chamar aquilo de direção) por Beau Thorne é uma colcha de retalhos totalmente aleatórios e sem sentido.

O filme conta a história de um policial que ainda busca por pistas sobre sua mulher assassinada anos antes, cujo caso já foi encerrado sem uma resposta. A partir daí vai acontecendo um acúmulo de pistas sem fim. E nada levando a lugar nenhum.

Tatuagens misteriosas que remetem à mitologia nórdica, drogas que levam à loucura, demônios, conspirações políticas, bandidos poderosos... Um balaio de gato totalmente gratuito e recheado de pirotecnia, câmeras lentas, clichê atrás de clichê. Chaaaato. E nenhuma pista se fecha. A conta não bate no final.

Mark Wahlberg provou de uma vez por todas que sua indicação ao Oscar por Os Infiltrados foi realmente um acidente de percurso. O moço consegue, quando muito, provocar algumas risadas. Mas na maior parte do tempo ele causa constrangimento em quem está assistindo. Se não fosse tão ruim, daria pena.

Em Max Payne tudo é previsível, datado, batido, bobo... aliás, por que tô perdendo tempo escrevendo sobre esse filme mesmo, hein?

17 novembro 2008

[BLAH] Quem não tem Bond vai de Rampa

Ontem o James Bond me deixou bem decepcionado. O que o novo filme Quantum of Solace tem de melhor são as cenas megaradicais de ação, mas isso é assunto pra um outro post. Mas por falar nisso, o próximo fim de semana tem um programa que dificilmante vai decepcionar:
Oi Megarampa em São Paulo.

Trata-se da modalidade mais radical de skate e bike que já foi inventada. Só 10 atletas no mundo têm capacidade pra competir.

A Megarampa (ou Megaramp, como é chamada mundo afora) é uma junção de dois saltos. No primeiro, os competidores descem uma rampa de 27m de altura e em seguida saltam por um vão livre de 20 m. Já no segundo, no quarter pipe, semelhante ao vertical, os skatistas fazem manobras radicais como aéreos atingindo uma altura de até 16 metros. Não tem como não ficar com os olhos colados nas manobras (e principalmente nas megaquedas).

Pra ter uma noção do tamanho da coisa, imagine a
Oi Megarampa montada no Estádio do Maracanã. Ela caberia lá, mas só cinco metros de folga. É o mesmo que 27 carros estacionados em fila. No quesito altura, se o King Kong quisesse pegar o skatista no momento do salto, ele não conseguiria. Os saltos chegam a 28 metros, a altura de um prédio de nove andares.

A procura foi tanta que em dois dias os 10.000 ingressos se esgotaram no site. Mas já tem fila de espera. Pros que não conseguirem entrar, o site vai transmitir tudo ao vivo sábado e domingo.

Pelo jeito esse evento vai ser bem mais divertido que um 007 quase sem falas, que sai atirando em tudo o que se mexe num misto de Rambo e Jack Bauer, que não pega a Bond girl e mal sabe o nome do martini batido, não mexido. É Bond... Os skatistas tão levando a melhor.

12 novembro 2008

[DVD] Tire o chapéu pra Nick Cave

Não é a primeira vez que o cantor Nick Cave entra na seara de escrever um filme. Em 88 ele escreveu, junto com o diretor John Hillcoat, o Ghosts... of the civil dead. E em 2005 a dupla se reencontrou pra fazer o imperdível The Proposition (A Proposta).

Dessa vez Nick Cave roteirizou e assinou toda a trilha sonora enquanto John Hillcoat dirigiu este filme ambientado numa Austrália ainda deserta, literalmente terra de ninguém, no século XIX.

Naquela época o país começava a ser povoado pelo que a Inglaterra enviava de pior: assaltantes, assissnos, estupradores. Um prato cheio pra polícia que tentava criar do zero um país habitável.

Esse "faroeste australiano" começa com a captura dos irmãos Charley (Guy Pearce) e Mikey Burns (Richard Wilson). Este é só o primeiro passo do Capitão Stanley (Ray Winstone) pra chegar até seu objetivo final: Arthur Burns (Danny Houston), procurado por assassinato e estupro. 

É aí que entra a proposta: Charley tem poucos dias pra encontrar e matar seu irmão Arthur. Caso contrário, é Mikey, o inocente irmão mais novo, que vai pra forca.

A direção de Hillcoat, aliada ao clima das canções de Nick Cave, são capazes de empurrar você pra dentro de um western seco, quente, infestado de moscas, poeira e sangue, em que as mais simples emoções beiram à loucura.  

À medida em que Charley segue relutante para seu destino, a fotografia de Benoît Delhomme cria uma visão impressionante dos outbacks australianos, misturando melancolia com brutalidade e violência explícita. Lindo, forte e memorável.

10 novembro 2008

[CINE] Rapidinhas de Watchmen

Algumas notícias quentinhas sobre o lançamento mais esperado do ano:

- Ainda tem muita coisa pra ser terminada na pós-produção. Teremos duas versões do filme: uma pro cinema com 2 horas e 40 minutos e outra com 3 horas e meia, lançada em DVD e Blu-Ray.

- No momento Zack Snyder está termiando a história paralela do Cargueiro Negro, que vai entrar só nessa versão extendida do filme.

- Na trilha sonora já tem confirmados: Nena, Simon & Garfunkel, Nat King Cole, Nina Simone, Bob Dylan (que assina a introdução do filme)

- Sim, o final da história foi mudado pro filme. Mas segundo Snyder isso não é o importante. As cenas mais fortes e realmente essenciais pro enredo continuam lá. A mudança, segundo o diretor, foi necessária pra funcionar na mídia cinema (eu acredito e confio nisso).

- Nessa sexta-feira sai o novo trailer, agora contando mais completo, contando um pouco da história.- Os genitais do Dr. Manhattan foram desfocados no próximo trailer pra que ele fosse aprovado pela MPAA (o órgão que aprova os anúncios nos cinemas dos EUA).

E a expectativa só aumenta...

03 novembro 2008

[BLAH] Wassup, Obama?

O blog do Cherto postou hoje uma comparação de dois videos beeeem interessante. Alguém se lembra da campanha que a Budweiser fez em 2000 com o mote "Wassup"? Não passou por aqui, mas causou um certo burburinho no mundo da propaganda. O que não faltou foi gente pegando carona nessa campanha na época. Pra lembrar, aqui tá o comercial:


Pois bem, oito anos depois (ou seja, oito anos depois de governo Bush, coincidentemente), aparece um video-viral-pro-Obama fazendo uma releitura daquele comercial. Sensacional: