24 dezembro 2008

[CINE] Isso é que é visão além do alcance.

Não é de hoje que pipocam rumores pela internet sobre um possível filme dos Thundercats. Do mesmo jeito que não faltam fãs que tremem de excitação a cada boato lançado na rede.

Quando Transformers realmente saiu do papel, aí sim que o sonho de Thundercats ir pras telonas começou a ser realmente palpável. O triste é que, até agora, tudo o que se sabe é que sim, existe uma possível versão que será lançada em 2010, só que feita em animação computadorizada (pra muxoxo dos fãs).



Talvez seja por isso que muitos que têm um mínimo conhecimento de programas gráficos e de edição de videos já estejam mostrando por aí o quanto um filme live action com Lyon, Panthro e cia., pode sim render um bom blockbuster. E a melhor prova até agora é esse trailer feito por um fã, estrelando Brad Pitt, Vin Diesel e Hugh Jackman.

Dá ou não dá vontade de correr pros cinemas pra assistir? 
Estúdios de Hollywood, vocês não precisam do olho de Thundera pra ter essa visão além do alcance.

22 novembro 2008

[CINE] Payne é de doer.

Certamente Max Payne é a pior coisa que vi nos últimos 15 anos. Baseado num game até bacana, o filme dirigido (se é que podemos chamar aquilo de direção) por Beau Thorne é uma colcha de retalhos totalmente aleatórios e sem sentido.

O filme conta a história de um policial que ainda busca por pistas sobre sua mulher assassinada anos antes, cujo caso já foi encerrado sem uma resposta. A partir daí vai acontecendo um acúmulo de pistas sem fim. E nada levando a lugar nenhum.

Tatuagens misteriosas que remetem à mitologia nórdica, drogas que levam à loucura, demônios, conspirações políticas, bandidos poderosos... Um balaio de gato totalmente gratuito e recheado de pirotecnia, câmeras lentas, clichê atrás de clichê. Chaaaato. E nenhuma pista se fecha. A conta não bate no final.

Mark Wahlberg provou de uma vez por todas que sua indicação ao Oscar por Os Infiltrados foi realmente um acidente de percurso. O moço consegue, quando muito, provocar algumas risadas. Mas na maior parte do tempo ele causa constrangimento em quem está assistindo. Se não fosse tão ruim, daria pena.

Em Max Payne tudo é previsível, datado, batido, bobo... aliás, por que tô perdendo tempo escrevendo sobre esse filme mesmo, hein?

17 novembro 2008

[BLAH] Quem não tem Bond vai de Rampa

Ontem o James Bond me deixou bem decepcionado. O que o novo filme Quantum of Solace tem de melhor são as cenas megaradicais de ação, mas isso é assunto pra um outro post. Mas por falar nisso, o próximo fim de semana tem um programa que dificilmante vai decepcionar:
Oi Megarampa em São Paulo.

Trata-se da modalidade mais radical de skate e bike que já foi inventada. Só 10 atletas no mundo têm capacidade pra competir.

A Megarampa (ou Megaramp, como é chamada mundo afora) é uma junção de dois saltos. No primeiro, os competidores descem uma rampa de 27m de altura e em seguida saltam por um vão livre de 20 m. Já no segundo, no quarter pipe, semelhante ao vertical, os skatistas fazem manobras radicais como aéreos atingindo uma altura de até 16 metros. Não tem como não ficar com os olhos colados nas manobras (e principalmente nas megaquedas).

Pra ter uma noção do tamanho da coisa, imagine a
Oi Megarampa montada no Estádio do Maracanã. Ela caberia lá, mas só cinco metros de folga. É o mesmo que 27 carros estacionados em fila. No quesito altura, se o King Kong quisesse pegar o skatista no momento do salto, ele não conseguiria. Os saltos chegam a 28 metros, a altura de um prédio de nove andares.

A procura foi tanta que em dois dias os 10.000 ingressos se esgotaram no site. Mas já tem fila de espera. Pros que não conseguirem entrar, o site vai transmitir tudo ao vivo sábado e domingo.

Pelo jeito esse evento vai ser bem mais divertido que um 007 quase sem falas, que sai atirando em tudo o que se mexe num misto de Rambo e Jack Bauer, que não pega a Bond girl e mal sabe o nome do martini batido, não mexido. É Bond... Os skatistas tão levando a melhor.

12 novembro 2008

[DVD] Tire o chapéu pra Nick Cave

Não é a primeira vez que o cantor Nick Cave entra na seara de escrever um filme. Em 88 ele escreveu, junto com o diretor John Hillcoat, o Ghosts... of the civil dead. E em 2005 a dupla se reencontrou pra fazer o imperdível The Proposition (A Proposta).

Dessa vez Nick Cave roteirizou e assinou toda a trilha sonora enquanto John Hillcoat dirigiu este filme ambientado numa Austrália ainda deserta, literalmente terra de ninguém, no século XIX.

Naquela época o país começava a ser povoado pelo que a Inglaterra enviava de pior: assaltantes, assissnos, estupradores. Um prato cheio pra polícia que tentava criar do zero um país habitável.

Esse "faroeste australiano" começa com a captura dos irmãos Charley (Guy Pearce) e Mikey Burns (Richard Wilson). Este é só o primeiro passo do Capitão Stanley (Ray Winstone) pra chegar até seu objetivo final: Arthur Burns (Danny Houston), procurado por assassinato e estupro. 

É aí que entra a proposta: Charley tem poucos dias pra encontrar e matar seu irmão Arthur. Caso contrário, é Mikey, o inocente irmão mais novo, que vai pra forca.

A direção de Hillcoat, aliada ao clima das canções de Nick Cave, são capazes de empurrar você pra dentro de um western seco, quente, infestado de moscas, poeira e sangue, em que as mais simples emoções beiram à loucura.  

À medida em que Charley segue relutante para seu destino, a fotografia de Benoît Delhomme cria uma visão impressionante dos outbacks australianos, misturando melancolia com brutalidade e violência explícita. Lindo, forte e memorável.

10 novembro 2008

[CINE] Rapidinhas de Watchmen

Algumas notícias quentinhas sobre o lançamento mais esperado do ano:

- Ainda tem muita coisa pra ser terminada na pós-produção. Teremos duas versões do filme: uma pro cinema com 2 horas e 40 minutos e outra com 3 horas e meia, lançada em DVD e Blu-Ray.

- No momento Zack Snyder está termiando a história paralela do Cargueiro Negro, que vai entrar só nessa versão extendida do filme.

- Na trilha sonora já tem confirmados: Nena, Simon & Garfunkel, Nat King Cole, Nina Simone, Bob Dylan (que assina a introdução do filme)

- Sim, o final da história foi mudado pro filme. Mas segundo Snyder isso não é o importante. As cenas mais fortes e realmente essenciais pro enredo continuam lá. A mudança, segundo o diretor, foi necessária pra funcionar na mídia cinema (eu acredito e confio nisso).

- Nessa sexta-feira sai o novo trailer, agora contando mais completo, contando um pouco da história.- Os genitais do Dr. Manhattan foram desfocados no próximo trailer pra que ele fosse aprovado pela MPAA (o órgão que aprova os anúncios nos cinemas dos EUA).

E a expectativa só aumenta...

03 novembro 2008

[BLAH] Wassup, Obama?

O blog do Cherto postou hoje uma comparação de dois videos beeeem interessante. Alguém se lembra da campanha que a Budweiser fez em 2000 com o mote "Wassup"? Não passou por aqui, mas causou um certo burburinho no mundo da propaganda. O que não faltou foi gente pegando carona nessa campanha na época. Pra lembrar, aqui tá o comercial:


Pois bem, oito anos depois (ou seja, oito anos depois de governo Bush, coincidentemente), aparece um video-viral-pro-Obama fazendo uma releitura daquele comercial. Sensacional:



31 outubro 2008

[BLAH] A Força está com ele

Semaninha complicada essa. O Tim Festival me deixou literalmente de cama. Mas pelo menos meus últimos momentos pré-gripe-dos-infernos foram o céu. 

DJ Yoda fez o povo dançar com os olhos colados no telão.  O cara, além de tocar muito, faz seus scratches e mixagens usando DVJs da Pioneer. Ou seja, ele  toca imagem pra dançar. E o repertório é de deixar sem fôlego qualquer fã do cinema ou de um bom dubstep.  

Já imaginou que essa cena de Star Wars pudesse ser dançável?



Rolou de Super Mario Bros a Psicose, passando por Simpsons e Indiana Jones. Alguém aí sabe onde encontro o DVD?

23 outubro 2008

[TV] Roteiro e marketing na veia

Desde 7 de setembro meu novo vício é True Blood, uma série da HBO escrita, produzida e dirigida por Alan Ball (criador de Six Feet Under e roteirista de Beleza Americana).

True Blood se passa num mundo onde Vampiros convivem pacificamente com humanos, bebem sangue industrializado (encontrado na geladeira de qualquer loja de conveniência) e são vítimas de preconceito (claro). Nesse universo sangue de vampiro é droga vendida no mercado negro, existem prostitutas especilizadas em vampiros (elas bebem sangue sintético pra sobrar sangue nas veias pra que os vampiros possam sugar) e existe um projeto de lei pra que vampiros tenham os mesmos direitos que humanos.

Se interessou? Então saca só a jogada de marketing pro lançamento: Existe um blog pra discutir os direitos dos vampiros, perfis no My Space, Facebook, e até um site de relacionamentos pra unir humanos e vampiros (Lovebitten.net). Não pára aí: existe um site oficial de Tru Blood, o sangue sintético dos vampiros, com um simulador pra você descobrir qual o melhor tipo de Tru Blood pra você, comerciais de TV, a campanha impressa e até uma loja online. Isso sem contar o HQ da série.

Pelo visto o jeitinho Lost e Heroes de expandir o universo de uma série está virando padrão no mercado. Agora você não fica preso a apenas um episódio semanal. Dá realmente pra viver a história.

E aí? Vai um tipo AB ou O?

22 outubro 2008

[CINE] Who watches the Watchmen´s video?

Nove de março ainda tá longe pra burro. Mas enquanto Watchmen não vem, tá pipocando de videos pela rede. Pra quem já viu zilhões de vezes o trailer oficial, dá uma olhada nesse aqui:



Esse video passou na Spike TV durante o Scream Awards 2008. Impossível ver uma vez só.
Friozinho na barriga aumentando...

[BLAH] De volta das cinzas

Caraca, quanto tempo faz que eu não passava por aqui? Esse blog tá cheio de teia de aranha, poeira atrás do template... Tá na hora de dar uma arejada.

Nem Coringa, Homer Simpson ou Carrie Bradshaw foram capazes de me tirar do buraco-negro-do-trabalho-profundo-sem-tempo-pra-postar. Mas tem uma hora que o roteiro tem de dar uma virada. E a hora chegou com uma novidade. Com Pipoca agora também vem com Twitter.

Quem sabe assim agora não tomo vergonha na cara e volto a postar direito? Baboseira pra falar é o que não falta. ;-)

13 maio 2008

[CINE] Go, Wachowksi, go!

Quando vi o trailer de Speed Racer no cinema, com todo aquele visual-fake-videogame com carrinhos saltitantes, na hora pensei: ih... que c@%#da... Tanto que precisou uma sessão de Homem de Ferro estar lotada pra que eu resolvesse ver o primeiro filme-família dos irmãos Wachowski (da trilogia Matrix).

E olha... Ainda bem que Homem de Ferro estava lotado, viu! Ou não teria visto uma adaptação bem bacana de um dos desenhos que marcaram minha infância.

Andy e Larry Wachowski conseguiram transportar pra telona uma estética mangá sem copiar quadro a quadro uma revista em quadrinhos, como aconteceu com Sin City e 300. As referências estão todas ali, mas com a vantagem de terem sido inteligentemente pensadas pra funcionar no cinema.

Em Speed Racer tudo é velocidade. Até a edição picotada com flashbacks que se misturam com o presente acompanha o ritmo das corridas surreais dos carros. Aquela sensação de videogame-fake do trailer se perde totalmente quando vista no contexto do filme. Tudo é muito bem amarrado e resolvido visualmente. Não existe compromisso algum com o realismo, mas existe um compromisso estético que é honrado do primeiro ao último quadro. Sensacional.

Claro que esse oba-oba visual tem deixado muita gente com o nariz torcido. E o filme dá umas derrapadas feias com umas cenas chaaatas de cunho moral que lembram aquelas retas na estrada que não se vê o fim. Mas basta os motores começarem a roncar pra ver que Speed Racer é uma viagem que vale o ingresso.

17 fevereiro 2008

[CINE] Por Deus, pela Pátria e pelo Petróleo

Sou suspeito pra falar de Paul Thomas Anderson. Comecei a gostar com Boogie Nights, mas foi com Magnólia que o cara foi direto pro hall dos diretores-que-conto-os-dias-pelo-próximo-filme. Com Sangue Negro (There will be blood), Paul Thomas confirma de vez essa posição.

Baseado no livro Oil!, escrito 1927 por Upton Sinclair, Sangue Negro é um filme sobre ambição, inveja, loucura, fanatismo... e o que também pode se chamar de sonho americano.

Entre os séculos 19 e 20, bem durante o estouro do petróleo na Califórnia, conhecemos Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis em sua melhor atuação), um homem que, com uma picareta na mão e ganância pura correndo em suas veias, cria um verdadeiro império do petróleo.

Em seu caminho, Daniel encontra o evangélico Eli (Paul Dano), que vê nele a chance de fazer fortuna com a construção de uma igreja. Paralelo a isso há H.W. (Dillon Freasier), o filho inseparável de Daniel. Bem, inseparável até onde interessar.

Tramas que montam uma saga perturbadora e angustiante, perfeita para a trilha sonora incômoda de Johnny Greenwood, do Radiohead.

Junte a isso a premiada fotografia de Robert Elswit, e você terá um filme que vai ficar grudado em sua mente, como uma mancha escura de óleo.

12 fevereiro 2008

[CINE] O Monstro que morreu na praia

Cloverfield tem quase tudo pra ser sensacional. Tem um um monstro realmente incrível e diferente destruindo Nova York. Tem o fato de ser todo contado pelo ponto de vista de uma câmera amadora. O que faz todo o sentido quando o foco é mostrar o desespero das pessoas diante um ataque desconhecido.

Mas apesar das atuações bem convincentes, dos efeitos especiais assustadoramente realistas, do clima cada vez mais tenso, Cloverfield deixa um gostinho de "cadê-o-resto?".

Tudo bem que o ataque e a destruição sejam o pano de fundo pra contar uma história sobre pessoas. Mas seguir apenas um grupo de quatro amigos correndo pela cidade pra salvar a namorada de um deles não sustenta um filme.

Dá vontade o tempo todo de deixar essa galera ir atrás de outro grupo, ver quem escapou, quem descobriu algo mais sobre aqueles monstrengos, o que eles fazem por aqui. Eles estão com fome? Estão procriando? Estão perdidos? O filme seria perfeito se fosse montado com vários pontos de vista diferentes, inclusive o desse pessoal do filme.

Claro que muito da graça está nos mistérios. Afinal, a campanha toda foi feita em cima de videos, sites e fotos misteriosas. O filme vale sim o ingresso, mas deixar a sua chance de desvendar alguns mistérios só pela câmera na mão de um cara mala é sacanagem.

06 fevereiro 2008

[BLAH] Twix encontra Guiodai.. aiaiaiai!

Quarta-feira de cinzas. Uma chuva que não acaba mais. DVDs de filmes japas pra assistir. Que fazer pra acompanhar aquela lariquinha de qualquer dia como esse? Por que não um Twix Gigante?

A idéia é desse blog, mas a gente deu uma incrementada. Você vai precisar de:
2 barras de 500g de chocolate ao leite.
1 lata de doce de leite.
1 pote de calda de caramelo.
1 pacote de bolachas (tá, ou biscoitos) de Maizena.

Primeiro quebre o pacote inteiro de bolachas de Maizena.

Se estiver com pressa use um liqüidificador.
Agora a parte mais legal: derreta uma barra de 500g de chocolate.

Você pode derreter em banho maria, como na foto aí ao lado, ou fazer do modo mais inteligente, rápido e limpo: no microondas. Só cuidado com o tempo. Melhor ir de 15 em 15 segundo e mexendo entre os tempos.

Enquanto o chocolate derrete, vá preparando a forma do Twix Gigante. Tudo o que você precisa são 2 potes de 2 litros de sorvete (vazios!), fica crepe, uma tesoura e papel manteiga.

Passo 1: Corte um lado de cada pote de sorvete.

Passo 2: Depois junte as duas embalagens pelo lado aberto e prenda com fita crepe.

Passo 3: Agora é só forrar com papel manteiga.

Com a forma pronta, o chocolate derretido e a bolacha moída, tá na hora de começar o trabalho sujo.

Passe uma camada de chocolate derretido na forma, fazendo a casca do chocolate. Deixe esfriar.

Enquanto isso, misture a lata de doce de leite com a calda de caramelo até ficar da textura que você deseja. Jogue esse recheio na forma. Por cima, jogue o farelo das bolachas

(Dica: você pode dar mais consistência a esse farelo misturando um pouquinho do doce de leite).

Aproveite o resto do chocolate derretido pra fechar o chocolate. No meu caso, fiz uns buracos pra botar ainda mais chocolate no recheio.

Pronto. É só botar na geladeira e esperar o chocolate endurecer pra desenformar. Seu Twix Gigante deve ficar assim:

Agora é só ligar o DVD e se lambuzar de chocolate.

O que rolou aqui: Suicide Club e Batalha Real. Dois filmes japoneses F*#@!!!

Mas os filmes ficam pra outro post. Agora é hora de matar a larica. ;-)

28 janeiro 2008

[CINE] Lenda? Que lenda, meu filho?

Não adianta. Tem filme que simplesmente não vale a pena, não vale o ingresso, não vale o tempo perdido. Eu sou a Lenda é um deles.

A única coisa que me levou pro cinema foi a curiosidade por uma história que podia render sim um caldo legal. Afinal, essa é a terceira versão do livro I´m Legend (1954) pra telona (a primeira é Mortos que Matam, de 64 com Vincent Price, e a segunda é A Última Esperança sobre a Terra, de 71 com Charlton Heston).

A história de um mundo cuja população foi totalmente transformada em seres assassinos, e onde resta somente um homem não infectado, tem o poder político de um filme de zumbis e a capacidade de amedrontar de um bom filme de vampiros.

Só que Eu sou a Lenda passa longe dos dois. Aliás, só a presença de Will Smith já é sinal pra se passar longe do filme. O cara consegue transformar cenas que poderiam ser absurdamente tensas em um pastelão.

É difícil entender se Will tá com medo, tá sofrendo porque a família morreu ou se tá apenas apertado pra ir ao banheiro. Sem contar os monstrinhos de computação gráfica que mais parecem os robôs de Eu, Robô, só que com outro template.

Enfim. Não perca seu tempo.

25 janeiro 2008

[TV] Um braço a torcer

Olha, passei bem longe no cinema (beeem longe) e ignorei solenemente o DVD quando tava na na prateleira da locadora. Já falei até com orgulho que nunca tinha visto e provavelmente nunca faria o mínimo esforço pra ver.

Esse filme tem quase tudo de ruim que eu já imaginava, mas acabei de assistir pela TV e preciso admitir: mesmo assim Click também é LEGAL PACA!

24 janeiro 2008

[BLAH] Quando não c*** na entrada...

O Raios Triplos!, um dos blogs que tenho lido nas horas de "caraca-chega-de-trabalho-piii", postou anteontem uma que, não fosse o dia de cão na labuta, já teria dado a dica por aqui. Sorte que o chicote que me açoita parou pra tirar água do joelho. Hora de dar aquela atualizada relâmpago.

O lance é o seguinte: Pra parecer um pouquiiinho mais bacana que seu arquiinimigo Steve Jobs, Bill Gates juntou algumas muitas celebridades (tipo Bono Vox, Spielberg, Jay-Z...) pra fazer um video engraçadinho sobre seu último dia de trabalho na Microsoft.

Entre umas piadinhas bem constrangedoras e outras até engraçadinhas, seo Bill se vira do avesso pra mostrar uma imagem AGORA que ele nunca teve na vida. Vale muito dar uma conferida no mico cinematográfico do rapaz:



Ah, se quiser ver com legendas em português, o link é esse, mas o som tá péssimo. Opa, chicote voltando! Bora trabalhar que tô longe de fazer um video desses.

23 janeiro 2008

[NEWS] Se fué...

Eis que 23 de janeiro mal começa e pula na minha tela a notícia de que Heath-Brokeback-Coringa-Ledger, foi encontrado mortinho em seu apartamento em Nova York (que hora diziam ser da gêmea Mary-Kate Olsen, hora diziam ser dele, até que os jornais finalmente resolveram que o apê era dele mesmo, ponto).

Segundo os jornais, Heath estava cercado de pílulas e o mais provável é que tenha sido suicídio. O fato é que: Caraca, como assim um dos Bob Dylans do sensacional I´m not There e um dos caras que mais tem mostrado um talento REAL no cinema dá uma de Amy Winehouse assim e se ferra? (e ela não?!)

Enfim... Enquanto os jornais não resolvem a versão definitiva pro que aconteceu com o rapaz, juntei aqui uma lista-homenagem-in-memorian com tudo o que ele fez pra cinema e TV nestes 28 anos de vida.


21 janeiro 2008

[NEWS] Uma luz sobre o livro negro

Direto da Holanda, minha grande amiga, correspondente e Bailandesa, Clarissa Mattos, manda um post pipocando de quente:

Vivendo aqui na Holanda há um ano e meio, já vivi diversas situações inusitadas e tive várias surpresas. Ao saber da estréia de A Espiã - título ridículo em português para o Zwartboek (O Livro Negro) - tive que lembrar dessa boa surpresa que foi assistir à sua Première. Não foi a oficial, mas nem por isso menos especial. O filme foi apresentado pela primeira vez com uma audio-descrição para cegos. Ou seja, ao entrar na sala de exibição, recebemos um dispositivo com um fone, parecido com um radinho e, através dele, ouvimos a descrição do cenário, das expressões faciais e emoções dos personagens, além de tudo o que ocorre no filme entre os diálogos e que não é percebido pelas pessoas com limitações visuais.

Uma experiência e tanto. Em alguns momentos, tentei fechar os olhos e assistir o filme somente com a descrição. A sensação é de um livro em áudio e pude sentir que dá pra ter a real noção do que está acontecendo na tela. Vocês podem imaginar que para este público essa é uma chance única de ir normalmente ao cinema. No final, o produtor e o ator que emprestou a sua voz à narrativa estavam lá pra responder perguntas.

Ouvi depoimentos como: "Não vou ao cinema há 25 anos. Esta foi uma noite muito especial" ou "Esta é a primira vez que venho ao cinema e o meu marido não precisa descrever o que está acontecendo." Sem falar na platéia inusitada dos cães-guias que, com exceção de um que uma única vez expressou sua opinião durante a exibição, todos ficaram quietíssimos e concentrados.

Claro que existem melhorias a serem feitas, como as legendas, por exemplo. Neste filme, as legendas quando o alemão ou inglês eram falados não foram incluídas na audio-descrição. Também não é todo cinema que está equipado pra este tipo de exibição. Mas é um ótimo começo. Não só o DVD do Zwartboek, como outros já estão sendo lançados com essa opção.

Ah, o filme? Talvez não precisasse de duas horas e meia - não muito bem distribuidas, por sinal - mas vale o ingresso. Considero um bem produzido thriller de guerra que mostra, sem julgamentos, os sentimentos e atos - nem sempre louváveis - que surgem num momento de luta pela sobrevivência.

Mas isso, deixo para o nosso Pipoqueiro de plantão falar. Resta saber se, sem o devido título, aí no Brasil vão entender a importância do tal livro negro quando ele aparece. Não precisa ter visão de raio X para entender que o autor não escolhe um título por acaso.

16 janeiro 2008

[BLAH] Suspeitos no Cinemark

Que existe um caso sério de falsificação de carteirinhas de estudante, isso não é segredo pra ninguém. Tá assim de empresa emitindo carteirinha por aí. Só que alguns cinemas resolveram atacar, não os emissores de carteirinha falsa, mas sim seus próprios clientes. Afinal, é muito bem mais fácil atacar o elo mais fraco da corrente, né?



Dia desses, chego no Cinemark, peço minha meia entrada (com preço de tripla, outra maneira que os cinemas acharam de correr atrás do prejuizo) e apresento minha carteirinha original, emitida mediante todos os comprovantes possíveis e imagináveis da faculdade.

A mocinha da bilheteria então me lança um olhar de te-peguei-seu-safado, e com um ar de total superioridade me fala: "Ganhamos uma liminar na justiça e só aceitamos carteirinhas mediante um outro comprovante da entidade de ensino".

Ou seja, pro Cinemark, você é, antes de tudo, um salafrário até que se prove o contrário.
E o pior é que essa exigência que não resolve problema algum. É muito fácil criar um comprovante de matrícula no Word. Com certeza, aquela mocinha não vai saber distingui-lo de um real.

Uma atitude presunçosa e antipática que, tomara, continue do Cinemark. Tem de combater a máfia das carteirinhas sim, mas o buraco é mais embaixo. Partir do pressuposto que seu cliente é da pior qualidade, só mesmo uma empresa que presta um serviço idem. Pronto, falei.

15 janeiro 2008

[CINE] Merecia uma carreira melhor

Jovem de classe média-alta "entra pro mundo das drogas", vira um traficantão rico, vive dando festinhas regadas, é preso, dá a volta por cima e vive muito bem, obrigado. E? Cadê a novidade? Até Johnny Depp já fez isso em Profissão de Risco (Blow).

OK, você pode dizer que Meu nome não é Johnny (que aliás é mesmo idêntico ao do outro Johnny) é um filme baseado em fatos reais, que o cara tá vivo pra confirmar a história, que Selton Melo arrebenta na atuação... Tudo isso eu sei. E não discordo de maneira alguma que a história seja boa o suficiente pra render um filme bacana. Só é pena que a produtora/roteirista Mariza Leão o diretor Mauro Lima não tenham dado conta do recado.

A maior parte do filme gira em torno da vida desregrada do simpático bon vivant João Guilherme Estrella (Selton Melo) que começa a ganhar a vida fazendo um delivery da melhor cocaína que a noite carioca já viu. Entre atuações fraquinhas e falas-clichê, o que faz valer mesmo o ingresso são as performances de Selton Melo e dos impagáveis policiais civis (Orã Figueiredo e Flávio Bauraqui) que quase prendem João, logo no início da(s) sua(s) carreira(s).

Quando ia fazer sua maior jogada, João é pego no flagra. A história começa a ficar interessante. É quando surge a figura da juíza (Cássia Kiss), que enxerga aí algo mais do que um típico caso de tráfico internacional de drogas.

Nesse momento transborda material rico pra um excelente filme de tribunal. Mas tudo passa tão rápido quanto uma fungada. Rola até uma narração em off da juíza pra explicar a história correndo. Uma história que tinha tudo pra crescer no final se vê reduzida a pó. Uma pena.

13 janeiro 2008

[CINE] Orgulho de Reparação

O livro Reparação, (Atonement) do inglês Ian McEwan, é uma das melhores obras de ficção que já li. Resumidamente e sem entregar nada, tudo começa em um dia quente de verão de 1935, na casa de campo da aristocrática família Tallis. Uma seqüência de eventos mostra o amor entre a jovem Cecília Tallis e Robbie Turner, o filho da governanta. Porém, a mente criativa e confusamente pré-adolescente de Briony, irmã mais nova de Cecília, interpreta tudo o que vê de uma forma distorcida, e as conseqüências são catastróficas.

Deixando o enredo um pouco de lado, o que mais impressiona no livro, vencedor do Booker Prize, principal prêmio da literatura britânica, é a maneria com que McEwan conta essa história. E é aqui que uma pulga pulou atrás da minha orelha ao saber que a adaptação para o cinema seria lançada.

Como levar pra uma cena de filme o mesmo impacto que teve um parágrafo escrito tão inspiradamente? O diretor Joe Wright (de Orgulho e Preconceito) também deve ter dormido com essa pulga. E conseguiu matá-la com a mais pura genialidade.

Dos cortes secos e inesperados, um plano-seqüencia tão poético que beira o surrealismo, à trilha sonora composta por sons de máquina de escrever, Wright contou a história longe de ser simploriamente literal ao livro. Não é só a história do livro que está nos cinemas com o nome de Desejo e Reparação. Estão lá o clima, a tensão, o calor, o afobamento, a tristeza, a poesia e a loucura que se sente ao correr os olhos sobre as linhas de McEwan. E sem copiá-los ou imitá-los. Não é à toa que Ian McEwan está lá na cadeira de produtor executivo do filme dando sua bênção.

É linguagem de cinema pra cinema. E não cinema tentando imitar literatura. É aí que pecam muitos diretores que tentam reproduzir uma cópia fiel de um livro. Não dá pra comparar livro e filme, simplesmente porque cada um é um meio de se contar uma história e cada um tem sua maneira de fazê-lo. Felizmente Joe Wright sabe disso.

08 janeiro 2008

[NEWS] As últimas de Cloverfield

Quando tudo parecia tranqüilo e quase ninguém mais falava de Cloverfield, o novo filme-de-monstro-catástrofe-mistério-tipo-Lost de J.J. Abrams, eis que surgem videos ao redor do mundo falando de um possível ataque a uma estação de petróleo japonesa no Oceano Atlântico.

Ao que tudo indica, são mais ataques do mesmo (ser? monstro? ET?) que invadirá Nova York no dia 18/01, dia de estréia do filme.

Quer dar uma olhadinha? Esse aqui passou na Rússia:


Esse aqui passou na Espanha:


Aqui um dos States:


Se procurar na internet, você acha ainda muito mais.

Essa jogada de marketing lembra muito a do seriado Lost, também filhote de J.J. Entre as temporadas 2 e 3 os fãs colaram na internet em busca de pistas no jogo Lost Experience, e o mesmo acontece agora com o site http://www.find815.com/, em que fanáticos do mundo inteiro ajudam o um tal Sam Thomas, ex funcionário da Oceanic Airlines, a encontrar pistas de onde teria caído o avião que levou a galera e sua namorada pra ilha.

No Brasil Cloverfield só estréia dia 1o de Fevereiro, em pleno oba-oba do carnaval. Nada mais perfeito: você sai da tensão toda do filme direto pro batuque e pras latinhas de cerveja.