Prepare-se para o filme mais cínico, mais ácido e, provavelmente, um dos mais inteligentes que você pode ver em cartaz hoje.
Obrigado Por Fumar (Thank you for smoking) mostra como uma boa crítica social pode ser também engraçada. É como se Michael Moore (Farenheit 11/09 e Tiros em Columbine) aprendesse a contar piadas sem deixar de lado o ataque às grandes corporações e ao governo dos EUA.
Quem conseguiu realizar essa façanha foi o roteirista e diretor estreante Jason Reitman (O cara é filho de Ivan Reitman, diretor de Os Caça Fantasmas).
Obrigado Por Fumar conta a história de Nick Naylor (Aaron Eckart), um lobista da indústria do tabaco que esbanja poder de persuasão. Seus melhores amigos são outros dois lobistas. Bobby Jay Bliss, que defende a indústria de armas de fogo e Polly Bailey, da indústria de bebidas. Juntos, eles são "Os Mercadores da Morte". Ah, detalhe... estes são os mocinhos da história.
E pra dar uma pitada forte de humor politicamente incorreto, Nick passa mais da metade do filme ao lado de seu filho de 12 anos, que aprende a amar a profissão do pai. Quando o filme tem tudo pra virar um melodrama-água-com-açucar ou está prontinho pra dar uma lição de moral chata, Obrigado Por Fumar mostra escancaradamente que existe muito mais entre o céu do politicamente correto e o inferno da verdade nua e crua. Pra você ter uma idéia de como o filme é bom, até a atuação da intragável Katie Holmes se transforma num raro prazer (com o perdão do trocadilho).
Vou parar por aqui porque qualquer detalhe além disso pode estragar sua experiência no cinema. Obrigado por Fumar é um filme que faz rir, mas também faz pensar. E isso sim é extremamente raro hoje em dia.
5 comentários:
obrigado por postar! ;)
Samuca, esse post está maravilhoso. Me despertou imensamente a vontade de assistir o filme! Depois te conto o que achei. Beijocas
Realmente também me despertou para ver o filme, parabéns. Ah existe um errinho de digitação: "E pra dar uma pitada forte de huimor politicamente..."
Excelente post! Excelente blog! Parabéns! Favoritadíssimo.
Tanta coisa bacana no cinema e eu com o tornozelo ferrado...
Valeu, Samuca!
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